O par NZD/USD voltou a sofrer pressão vendedora após uma breve alta na sessão asiática até 0,5865. No momento, os preços à vista se mantêm próximos da mínima de três semanas registrada na segunda-feira, em meio à ampla força do dólar norte-americano. Na terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que o banco central continuará avaliando os efeitos conflitantes da alta inflação e da fraqueza do mercado de trabalho ao decidir sobre as taxas de juros. Esse posicionamento deu suporte ao dólar e interrompeu sua sequência de dois dias de queda.
Por outro lado, o potencial de valorização do dólar é limitado, já que o Fed pode realizar dois cortes de juros antes do fim do ano. Um fator positivo para o NZD/USD é a redução das tensões comerciais entre os EUA e a China, que costuma favorecer as moedas da Oceania, incluindo o dólar neozelandês. Nesse contexto, faz sentido aguardar uma quebra decisiva abaixo da Média Móvel Simples (SMA) de 200 dias antes de apostar na continuidade da queda do par.
Na segunda metade da semana, a atenção do mercado se voltará para importantes indicadores macroeconômicos dos EUA, que devem ter papel decisivo na trajetória de curto prazo do dólar e, consequentemente, nos movimentos do NZD/USD. Na quinta-feira, serão divulgados os dados finais do PIB e os pedidos de bens duráveis; na sexta-feira, sai o índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), a medida de inflação preferida do Fed, que deve atrair grande atenção dos investidores.
Do ponto de vista técnico, os preços encontraram um suporte sólido na SMA de 200 dias, abaixo da qual os ursos confirmariam vantagem sobre os touros. A resistência imediata está em 0,5870; um rompimento sustentado acima desse nível poderia levar os preços ao patamar psicológico de 0,5900. No entanto, os osciladores no gráfico diário permanecem negativos, o que dificulta a consolidação de um movimento altista e mantém o caminho de menor resistência voltado para baixo.
A tabela abaixo mostra a variação percentual da taxa de câmbio do dólar americano em relação às principais moedas hoje. O dólar apresentou a maior força contra o iene japonês.