Os futuros do café arábica dispararam para aproximadamente $3,51 por libra, atingindo seu ponto mais alto desde meados de dezembro. Esse aumento é impulsionado por estoques em declínio e condições climáticas desfavoráveis no Brasil, o principal produtor de café. Em 29 de dezembro, os estoques de arábica certificados pela ICE totalizaram 456.477 sacas, uma queda notável em comparação com 991.080 sacas no ano anterior. O Brasil está enfrentando precipitações abaixo da média acompanhadas por uma intensa onda de calor, aumentando as preocupações sobre os rendimentos das colheitas. As dinâmicas de mercado foram ainda influenciadas por inundações na Indonésia, que afetaram cerca de um terço das fazendas de arábica no norte de Sumatra. A Associação dos Exportadores e Indústrias de Café da Indonésia prevê que isso possa reduzir as exportações para o período de 2025-26 em até 15%. Estima-se que os preços do café subam quase 10% em 2025, caracterizando o ano como um dos mais imprevisíveis e complexos da história recente. Essa volatilidade decorre de padrões climáticos irregulares, estoques em queda, desafios de produção no Brasil e em outros grandes produtores, e a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos sobre as importações de café brasileiro.