Na tarde de sexta-feira, o índice Ibovespa caiu acentuadamente mais de 3%, descendo abaixo do patamar de 160.000. Esta queda dramática marcou uma reversão rápida dos picos históricos observados anteriormente, impulsionada por uma reavaliação abrupta dos riscos políticos e financeiros, que ofuscaram notícias corporativas favoráveis. O anúncio de que Jair Bolsonaro apoiaria seu filho, Flávio, na corrida presidencial de 2026 destroçou as esperanças de surgimento de uma coalizão de oposição moderada capaz de impor disciplina fiscal. Como consequência, os investidores passaram a exigir maiores retornos para o risco percebido aumentado de investir no Brasil, levando a vendas significativas. Empresas particularmente sensíveis a taxas de juros e condições do mercado doméstico sofreram mais, com Banco do Brasil caindo 4,7%, Bradesco 4,8%, B3 5,0%, Rede D'Or 4,0% e Petrobras 2,1%. Essas quedas apagaram os ganhos do início da semana, após três sessões consecutivas de alta, transformando o que quase foi uma semana recorde em uma perda semanal, à medida que o aumento dos custos de financiamento e a instabilidade política lançaram dúvidas sobre perspectivas de ganhos futuros.