
O mercado global de petróleo enfrenta um momento decisivo, com os principais produtores discutindo se aumentam ou mantêm estável a produção. De acordo com a Reuters, citando fontes informadas, a OPEP e seus aliados estão discutindo a possibilidade de aumentar a produção de petróleo em abril. No entanto, esses planos podem não se concretizar. Alguns membros do cartel podem optar por congelar a produção, pois estão enfrentando dificuldades para avaliar com precisão o fornecimento global de petróleo devido às novas sanções dos EUA à Venezuela, ao Irã e à Rússia.
Não há consenso entre os membros da aliança. Os Emirados Árabes Unidos (EAU), que buscam aproveitar sua crescente capacidade de produção, apoiam o aumento da produção, assim como a Rússia. No entanto, outros participantes importantes, como a Arábia Saudita, defendem o adiamento dos aumentos de produção.
A OPEP+ geralmente confirma suas decisões de fornecimento com um mês de antecedência para garantir uma distribuição estável aos compradores. A decisão final sobre a produção de abril deve ser revelada nos dias 6 e 7 de março, mas fontes indicam que ainda não há consenso.
Atualmente, os contratos futuros de maio do petróleo Brent estão em baixa de 0,83%, sendo negociados a US$ 73 por barril, enquanto os contratos de abril do petróleo WTI caíram quase 1%, para US$ 69,70 por barril.
Paralelamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou a pressão sobre a OPEP+ para reduzir os preços do petróleo. Em janeiro, os preços do petróleo subiram para máximas de vários meses, ultrapassando US$ 82 por barril, após novas sanções à Rússia impostas pelo ex-presidente Joe Biden.
Desde então, os preços do petróleo recuaram para US$ 73 por barril, impulsionados pela esperança de que Trump intermedie um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia – um cenário que poderia impulsionar as exportações russas de petróleo. No entanto, os planos de Trump de reduzir a zero as exportações de petróleo do Irã e revogar a licença da Chevron para operar na Venezuela limitaram a pressão de queda sobre os preços.
Essa combinação de fatores de alta e baixa está dificultando a tomada de decisões na OPEP+. Além disso, as políticas tarifárias mais amplas de Trump podem restringir a demanda global de petróleo, tornando as previsões de preços futuros ainda mais incertas.
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