FX.co ★ A inteligência artificial está por trás da queda no mercado de ações dos EUA

O mercado de ações dos Estados Unidos atravessa uma fase de forte correção, impulsionada por uma revisão profunda das expectativas em torno da inteligência artificial. Desde o início de novembro, o S&P 500 já acumula queda superior a 3%, em meio a um cenário de volatilidade crescente. Segundo John Waldron, presidente do Goldman Sachs Group, os indicadores técnicos apontam para um período de viés baixista nas bolsas americanas. O principal gatilho desse movimento é a liquidação intensa das ações das maiores empresas de tecnologia do mundo — justamente aquelas que vinham sustentando o avanço do índice.

Essa onda de vendas reacendeu o debate sobre a real sustentabilidade dos investimentos em inteligência artificial. Investidores começam a questionar se a tecnologia será capaz de gerar receitas e lucros suficientes para compensar o volume colossal de recursos destinados à construção de infraestrutura, desde poder computacional até megacentros de dados. Embora bilhões já tenham sido investidos, os resultados apresentados até agora ficam aquém do que o mercado esperava, o que aumenta a pressão sobre o setor.

Waldron observa que o mercado monitora atentamente a evolução da IA e sua capacidade de se traduzir em ganhos comerciais. Ainda assim, ele enxerga a correção atual como um ajuste saudável, necessário para recalibrar as avaliações das empresas. Esse tipo de movimento é comum em setores de crescimento acelerado, onde o entusiasmo inicial nem sempre se confirma imediatamente. No momento, o desafio é encontrar um novo ponto de equilíbrio entre o potencial transformador da IA e a velocidade real com que as empresas conseguem monetizar a tecnologia.